(EU) CONTO EM LIVRO é uma coletânea de textos produzidos pelos alunos do 2o ano, em 2017, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) – Campus anguaretama, que decidiram escrever, em formato de contos, algumas histórias inspiradas, especialmente, em suas leituras literárias e em suas vivências na comunidade.
O enredo proposto neste livro faz com que seus autores “intrometam-se em textos consagrados”. Afinal, quem nunca, em um conto ou um romance lido, ficou inconformado com o desfecho apresentado pelo autor da obra? Muitos leitores não admitem encontrar – na tão saborosa leitura – um final não tão prazeroso assim, mas poucos têm o destemor ou a oportunidade de recriar esses finais.
Vale ressaltar o diálogo deste “projeto de escrita” com os trabalhos desenvolvidos pelos setores de Psicologia e da ETEP no Campus Canguaretama, em que as ações envolvendo a saúde mental acontecem, continuamente, mas nem sempre são nomeadas dessa forma: quando se trabalha a relação interpessoal, com foco na interação mais saudável; quando se conversa com os servidores sobre alunos em situação de
vulnerabilidade social ou psíquica; quando se acompanha o rendimento escolar e se faz encaminhamento junto aos estudantes e à família; quando se realiza orientação, em grupo ou individualmente, com a elaboração de rotinas de estudo; quando se realiza atendimento inerente a conflitos familiares e/ou morosos, a questões relacionadas à identidade na adolescência e diversos outros temas. Inclusive, os considerados mais ligados à saúde mental, como abuso, violência doméstica, luto, depressão, ansiedade, automutilação e suicídio.
Mais precisamente, no mês de julho de 2018, a temática saúde mental foi discutida, coletivamente, através de intervenções, no intervalo das aulas, com a leitura de bilhetes escritos pelos alunos. Na oportunidade, foram esclarecidas algumas dúvidas sobre o assunto. No mês de setembro, anualmente, é realizada uma campanha para incitar discussões acerca da temática do suicídio. Busca-se atuar no coletivo, de forma a fortalecer os laços, o respeito e a empatia pelo outro, sensibilizando a comunidade escolar para a ideia de que somos responsáveis pela saúde mental uns dos outros.